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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Academia da Berlinda em documentário argentino

Matéria feita por Felipe Mendes no blog: NO GRAU "Cumbia-la reina de America" mapeará a presença do ritmo em vários países da América Latina. Conhecida por shows animados em clima de gafieira, em que dançar é o objetivo maior, a banda olindense Academia da Berlinda chamou a atenção de um documentarista argentino que está percorrendo vários países latinoamericanos para mapear a presença da cumbia no continente. O ritmo nascido na Colômbia faz parte hoje da cultura musical de diversos países como Venezuela, Chile e Argentina, e está presente de forma marcante na sonoridade da banda pernambucana. Quem frequenta as "danças" da Região Metropolitana do Recife - bailes de gafieira como o do Clube Bela Vista - conhece a cadência danaçante da cumbia, que tem ganho muitos admiradores na capital pernambucana. Se em vários países da América a cumbia é até sucesso popular, no Brasil não é assim. Por isso chamou a atenção do documentarista argentino Pablo Coronel a música da Academia da Berlinda, que ele conheceu por intermédio de um amigo brasileiro e o trouxe até o Alto da Sé em Olinda para conversar e filmar os integrantes da banda. Pablo vem acompanhado da operadora de som alemã Lisa-Marie Radtke, que mora na Argentina. Os dois já passaram por Chile, Bolívia e Peru antes do Brasil, e ainda visitarão países como Colômbia e México para a captação de imagens e entrevistas. Já são quatro meses de produção do documentário, que ainda não tem data para ser lançado. "Estamos fazendo um mapeamento de todos os tipos de cumbia", avisa o cineasta argentino. O baixista Yuri Rabid chama atenção para os bailes "Feitos para dançar" que existem no Recife e afirma: "Quando ouvimos a cumbia rapidamente nos identificamos". Tiné, vocalista, explica que a música latina e caribenha sempre influenciaram fortemente o nordeste e o norte do Brasil e a banda assimilou de forma natural essa sonoridade: "A cumbia é uma música bem humorada e feita para dançar, por isso veio para o nosso trabalho", conta o músico. "A gente faz música para dançar agarradinho", resume o vocalista e percussionista Alexandre Urêa.